Nos últimos anos, quase todo mundo virou “gestor de tráfego”. Poucos, porém, perceberam que o jogo mudou e quem insiste em jogar com as mesmas regras está queimando verba, paciência e reputação.
Mudanças que acontecer com Meta, Google Ads e LinkedIn
Em 2020, bastava um criativo chamativo, um público amplo e uma verba razoável para vender. Em 2025, o cenário é outro: o Meta altera o algoritmo com frequência, o Google reduz a visibilidade de dados de conversão sob o argumento da “privacidade” e o LinkedIn cobra por clique como se fosse peça de colecionador. O resultado é simples: a entrega despencou.
Segundo a Statista, o custo médio de CPM no ecossistema do Meta cresceu mais de 30% em dois anos, enquanto a taxa média de conversão caiu para menos de 1,2%. O Google, antes sinônimo de previsibilidade, tornou-se um campo de batalha dominado por automação, lances dinâmicos e concorrência cega. E o LinkedIn consolidou-se como o “pay to play” mais caro do B2B.
A verdade, no entanto, é que o problema não é o algoritmo. O problema é o vício de acreditar que performance se resolve apertando botões. Durante anos, as plataformas nos treinaram a confiar no “modo automático”, na “campanha inteligente”e no “otimizador mágico”. Aos poucos, entregamos decisões estratégicas a modelos que não conhecem o cliente, não entendem o contexto e não sentem urgência.
Automação sem estratégia é dirigir com os olhos vendados esperando que o GPS faça todo o trabalho. Você até se move, mas não sabe para onde está indo.
O tráfego pago não desapareceu, ficou mais seletivo. Já não basta impulsionar posts, duplicar campanhas ou trocar meia dúzia de palavras-chave. É necessário compreender comportamento humano, intenção e contexto de decisão. É preciso transformar dados em narrativa, métricas em pessoas e cliques em jornadas.
As plataformas estão mais sofisticadas, o público também. Hoje, o usuário identifica promessas vazias antes mesmo de terminar o scroll. Permanecem relevantes as marcas que combinam estratégia, mensagem com propósito e entendimento real de audiência.
O tráfego pago não morreu. Ele apenas deixou de ser fácil e daqui em diante, sobrevive quem sabe que mídia é tática, resultado é estratégia.
Se você ainda acredita que o botão de “impulsionar” é o caminho, lamento informar: o problema não é o algoritmo. É você.
